domingo, 29 de abril de 2007

RECORDAR É VIVER

Esta fotografia foi tirada nos 50 anos do meu tio Pedro (2005). Grande festa...
Fez lembrar aqueles grandes almoços de família, que já falei num post anterior, mas recordar é viver e são das melhores recordações que tenho da minha infância.
As saudades que eu já tinha da minha alegre casinha tão modesta como eu... todos a cantar, quais Xutos e Pontapés, eramos mesmo uma cambada de primos malucos aos saltos em frente à câmera de filmar do tio Zé, queriamos todos aparecer e cada um gritava mais que o outro! Grandes almoços...
Mãezinha estou aqui! Um grande abraço para o pessoal da Costa da Caparica!, dizia o tio João e aparecia o Nuno, muita pequenino, a querer imitar o pai.
O avô Boaventura a fazer as suas paciências ou a lançar os dados horas a fio, parecia que estava noutro mundo, absorvido por todas aquelas sequências lógicas que íam saindo nos dados e que ele apontava num caderno, mas estava atento a tudo, a todas as mais pequenas palavras que diziamos ou aos problemas matemáticos que os netos mais velhos tentavam resolver e ele, parecendo que estava a brincar, resolvia-os sem uma máquina calculadora ou um lápis e uma folha de papel.
Outra grande recordação que tenho são os jogos de Trivial em que o nosso grande avô, parecendo que não estava nem aí, respondia a tudo e deixava todos irritados porque beneficiava sempre a equipa que estava a responder para queijinho.
Certo dia viemos a descobrir que o tio Pedro tinha decorado os cartões todos do Trivial que era para ver se limpava o jogo, mas acho que nem assim... :) Perguntava ele: Qual é o número desse cartão?...
Pois fiquem sabendo que eu cá sou troglodita!!!! Disse a nossa querida avó com o dedo espetado e com um ar muito determinado. Gargalhada geral na sala de jantar! A avó Amália, em resposta a mais uma provocação, queria dizer que era poliglota, sim poliglota, aquele que fala muitas línguas!
E o meu querido tio António, sempre agarrado ao cigarro e à sua cervejinha bem gelada numa 'ganda caneca, tinha um mau perder ainda pior que o meu que até chamava batoteiro ao "vídeopac" quando perdia com o Joãozinho.
Que saudades...
Enfim... são tantas as histórias passadas na família e cada uma melhor que a outra que eu peço a todos, que as vão contando aqui para que nunca as esqueçamos (peçam-me que eu convido-vos para poderem escrever mesmo no blog). Eu prometo que vou contando todas as que me for lembrando.

1 comentário:

Anónimo disse...

i eu estava sempre a frente na casinha pk era a mais pekena (e mais krida e gira e essas coisas todas) ahahah